sexta-feira, 29 de abril de 2011

O problema é o que está dentro das gavetas!

Bom dia a todos! O sol voltou a brilhar em Niterói. 25°C e o final de semana promete ser quente! Prá quem gosta, um prato cheio. Eu já estava cansada de tanta chuva! Por aqui é assim: demora, demora para chover, o tempo fica seco, tudo fica sujo, muito pó, poluição escurecendo a cidade, aí, de repente, começa a chover, e aí chove muito, muito mesmo, como dizem os especialistas "além do previsto", como é que sempre prevêem menos? Já repararam que sempre é além do previsto? Eu imagino o que é uma festa na casa dessas pessoas, sempre falta comida e bebida, sempre veio gente além do previsto. E a chuva, além do previsto, não limpa a cidade como deveria ser, pelo contrário, fica tudo uma imundície. O esgoto transborda, o lixo é arrastado. Aparece sofá no meio da rua, fica tudo fedendo e meu cachorro me irrita comendo nojeiras.

E o que foi a chuva no Rio de Janeiro? É impressionante! Pára tudo. Alaga tudo. Desaba tudo. Muita gente perde tudo. Um horror. Tano e Laura e Francisco levaram quase 11 horas para vir de São Paulo para Niterói de ônibus, ficaram horas parados na estrada. Todo abril é a mesma coisa. As águas de março atrasaram um pouco, possivelmente além do previsto.

Tenho tido pouco ânimo e pouco tempo para escrever aqui. Na verdade tenho escrito, mas no final acho que não ficou publicável. Minha visão negativa das coisas anda muito aflorada. Depois de ver que muita coisa pode ser melhor, voltar para cá tem sido um martírio. Sair de casa é um desconforto só. Nos primeiros dias da volta o calor era insuportável (até prá quem curte verão e tinha ficado por aqui). Aí vem a chuva e todos os odores provenientes dela... há muitos dias que não saio de casa, nem para minhas caminhadas noturnas. Só o que faço é ficar na frente do computador trabalhando no TFG que, diga-se, está andando! Enfim eu e o orientador chegamos ao consenso quanto à planta e posso partir para os detalhamentos e aí vai dando prazer ver o trabalho deslanchar, o número de pranchas aumentar.

E ficar sozinha, então? Não quero mais ficar sozinha! Quero meu marido do meu lado! É muita modernidade esse negócio de cada um num país por tanto tempo! O único lado bom é poder trabalhar no projeto a qualquer hora. Com ele aqui eu teria muita distração e ele ficaria implicando se eu resolvesse trabalhar quando me dá insônia (sim, ela reapareceu). Mas como ele faz falta!

E arrumar tudo para ir embora? Esse é só um detalhe. Agradeço todos os dias por termos tido a idéia e acordarmos que não há necessidade de vender o apartamento agora. Gente, são mais de 11 anos de casados e por mais que tenhamos feito mudanças e nos livrado de muita coisa, a quantia de tralha amontoada é inacreditável e, acreditem, o problema é o que está dentro das gavetas! Num primeiro momento quando pensamos em nos livrar das coisas, só o que vemos são os móveis, eletrodomésticos, ou seja, as coisas grandes. Bem, fiz  uma lista e publiquei e já apareceram muitos interessados na maior parte das coisas. Mas e o que está dentro das gavetas? As miudezas? São coisas fora do padrão de importância para pensarmos em levar, mas que, também, não se enquadram nas coisas que eu poderia simplesmente jogar fora. Vou dar prá quem? E mais uma vez agradeço ter esse apartamento e não precisar vendê-lo, pois essas coisas estarão encaixotadas aqui mesmo, esperando um melhor momento para a decisão. Muitas delas lotarão o carro que levarei para Floripa quando for batizar o Alexandre (tá enorme!), mas muitas ficam. Ficam.

E ainda tenho que separar o que vai. O que vai comigo, agora, e o que vai um dia desses, quando alguém for me visitar ou quando eu retornar ao Brasil. É doidera mesmo! E olha que sou muito boa em me desfazer de coisas!

E mais uma coisinha: sabe aqueles problemas que temos no cotidiano com bancos, telefônicas, operadoras de cartão, lojas? Eles continuam acontecendo mesmo com quem está indo embora. E o prazo para resolvê-los vai ficando menor e vc acha que muita coisa está resolvida, mas aí recebe outra correspondência. Já não faz diferença lembrar que hoje é sexta. Estou no olho do furacão.

Acabei de resolver que hoje vou me dar folga. Vou comemorar o casamento do Bill e da Kate. Não pude ir e acho que eles entenderam, mas vou dar uma volta para comemorar por aqui mesmo. Quero ficar algumas horas sem me sentar aqui em frente ao computador. Aqui vou eu!

Beijos, beijos para todos. Tenham um ótimo final de semana! Amanhã vou comer feijoada!

Graciana

Um comentário:

Ka Ma disse...

Aiai, é engraçado. Tô lendo isso depois q vcs já estão aí juntos. Vc formada e o Pedro empregado!! maravilha, né?