Oi gente!
Arrumei ânimo para passar por aqui no meio da semana porque algo, que entra na classificação das coisas que só vejo no Canadá, aconteceu e não tem como deixar passar em branco.
Como publiquei no meu Facebook, estou longe de fazer parte do grupo que acha o Canadá um lugar perfeito. Claro que vejo aqui muitas qualidades, afinal, é esse o motivo que nos fez abandonar tanta coisa no Brasil e vir tentar a sorte por aqui, e quando ouço uma notícia como essa sinto um prazer alentador, do tipo: "Vc tinha razão quando resolveu apostar nessa mudança". Mesmo estando a tão pouco tempo por aqui, senti orgulho de começar a fazer parte da história desse lugar esquisito.
Vamos aos fatos:
O prefeito de Toronto, Rob ford, um gordão que tem todas as características de um anti-político e que a maior parte das pessoas não entende como conseguiu se eleger prefeito da maior cidade do Canadá, com um histórico de polêmicas que incluem ofensas a grupos de minorias, como os gays e todos os tipos de grosserias, foi exonerado essa semana. Qual o motvo? Digamos que moralmente haviam muitos, mas todos justificáveis na premissa canadense do livre direito de opinião. Mas aí ele perdeu a linha, e o "crime" cometido (entre parênteses porque não entendi se o crime é em si previsto na lei da forma que foi praticada ou em um modelo geral interpretado pela juíza): ele votou a favor dele mesmo para ficar isento de pagar $3.150,00, isso mesmo, pouco mais de três mil dólares, para um time de futebol, como resultado de uma doação prometida, ou seja, conflito de interesses, agiu em prol de seu próprio interesse só conseguindo atingir o pretendido em função do cargo que ocupava. Tudo aconteceu num intervalo de menos de um mês.
Por conta de $3.150,00 ele perdeu o cargo público e, claro, foi obrigado a fazer a doação.
Temos acompanhado todo o julgamento do mensalão que está acontecendo no Brasil, todas as penas que foram aplicadas e tals. É legal ver os resultados até agora, mas não dá para acreditar em nada até ver o povo na cadeia mesmo, de uniforme. E o dinheiro roubado, quem vai devolver? Será o início de uma nova era? Desejo, com todas as minhas forças, que sim.
E só para não perder a oportunidade, mais um causo daqueles que só vejo por aqui:
Ano passado, quando o Pedro comprou o carro, seus colegas que estavam sendo contratados junto com ele também tiveram que comprar seus carros. Houve uma febre de procura por modelos da Hyundai, não sei dizer porque. Bem, o Pedro comprou o Tucson, e dois colegas compraram o Elantra, um modelo sedan. Muito bem, ocorre que no início desse mês esses colegas recebem uma carta da Hyundai pedindo desculpas e explicando que houve um equívoco no cálculo que apresentava o consumo de combustível do carro nos anúncios e que esse consumo seria, na verdade, um pouquinho maior. Para corrigir esse problema, a Hyundai passará a enviar, anualmente, um cheque, com o valor correspondente ao combustível que o carro consome a mais. Sim, desse jeito. Sim, por tempo indeterminado, enquanto eles tiverem o carro ou sei lá. O valor não é grandes coisas, mas esse não é o ponto. O ponto é o respeito ao consumidor. O ponto é fazer a coisa certa. O ponto é anunciar e vender a mesma coisa. O ponto é não colocar os móveis numa escala menor na planta de anúncio do apto para parecer que os cômodos são maiores e ser multado anualmente e continuar fazendo isso de qualquer maneira porque dá lucro mesmo pagando a multa, como muitas construtoras no Rio.
Já contei aqui dos cheques que recebemos sem termos nem idéia do porque teríamos o direito de receber, mas que foram enviados do mesmo jeito, sem termos que pedir por eles e posso garantir, isso provoca uma sensação tão boa, não só pelo dinheirinho-presente-surpresa, mas pela sensação de segurança.
Não, o modelo do Pedro não teve esse problema de cálculo e ele não receberá os cheques anuais, mas a alegria pelo acontecido é a mesma :)
Grande beijo a todos! E hoje faltam só 15 dias!
Gra
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